TRADUZIR, ESSE SUPERPODER…

Fevereiro 23, 2017
Tina Duarte

Não sei se existe um registo cronológico muito detalhado sobre o aparecimento de todas as artes e ofícios do mundo mas, a haver, a tradução aparecerá certamente logo no início da lista. Desse momento até aos nossos dias, os meios utilizados e o âmbito em que se desenrola este trabalho passaram por muitas transformações, mas a base e o resultado seguem os mesmos pressupostos.

Hoje falo-vos da abrangência do trabalho do tradutor e de como a tradução está presente nas nossas vidas em tantas situações e das mais variadas formas. Embora algumas vozes reduzam este trabalho a uma posição secundária, a tradução estende-se por áreas muito distintas e afirma a sua importância de uma maneira discreta, mas muito específica. Estamos perante o resultado do trabalho do tradutor, por exemplo, de todas as vezes que lemos a tradução de livros de autores estrangeiros, vemos filmes legendados ou uma criança vê determinados desenhos animados dobrados. Da mesma forma que contámos com o trabalho deste profissional sempre que consultámos o manual do utilizador do nosso automóvel ou de um eletrodoméstico, quando confirmámos a posologia do analgésico na bula do medicamento, ou durante a pesquisa da versão do site de uma empresa na nossa língua materna. Assim como quando nos debruçámos sobre diretivas, legislação e regulamentos de diversas entidades estrangeiras, ou mesmo quando aproveitámos para experimentar um determinado jogo online.

Coloco-lhe agora uma questão: Sentiu a presença do tradutor em algum destes momentos? Possivelmente responderá que não e eu aproveito para lhe explicar que os tradutores estão preparados tanto para dar corpo a ideias e conceitos, como para transportar informação concreta com todo o rigor exigido, ou para verter emoções e estados de alma com a sensibilidade necessária, de uma língua para a outra, e sempre sob um manto de quase invisibilidade.

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